Ainda tem alguém aí? Espero que sim. Se for novo por aqui, seja bem-vindo e bem-vinda.
Hoje venho escrever sobre algo que vem me incomodando imensamente: o bloqueio criativo que veio de brinde com a pandemia. Ou será que ele já estava aqui antes? O ponto é que não consigo produzir; não consigo organizar minhas ideias na minha mente, sentar e escrever um artigo acadêmico, como quero. São centenas de ideias que passam pela minha cabeça diariamente, mas de onde tirarei energia para por tudo em prática? Qual incentivo nós temos para isso?
Com o bloqueio criativo vem a famigerada procrastinação, palavra longa que faz um grande estrago. Mas por que a procrastinação tem que ser algo tão negativo no momento que estamos vivendo? Estamos no meio do caos. Não podemos abraçar o caos e parar de insistir no que não funciona? Podemos. Mas será que devemos jogar nossas ideias no ar e fingir que nunca existiram?
Eu passo horas, literalmente horas do meu dia no celular, nas redes sociais. Produzindo um total de zero coisas e apenas consumindo conteúdos repetitivos de novo e de novo. Escrevo uma ou duas (ou nenhuma) resenha por semana, quando consigo ler. Isso é ser produtivo? Eu poderia estar escrevendo dois artigos, ou um livro, ou mais posts para esse blog abandonado que quase ninguém lê. Mas o que eu estou fazendo? Divagando. Não consigo fazer mais que isso.
Estou cansada demais para participar da corrida desenfreada para ser a melhor em n coisas. O que eu quero de fato? Quero mesmo sentar e escrever artigos? Talvez. Queria mesmo era ser paga para ler e escrever sobre o que leio, já que ler é meu refúgio, mesmo no meio de uma ressaca literária. Mas isso é assunto para outro post.
Não quero ser clichê. É mais um desabafo de uma pessoa realmente cansada, exausta, exaurida, drenada. Uma pessoa que se compara um tanto demais com as outras. Uma pessoa de 23 anos que ainda não tem um rumo certo. Quem tem?
Espero não desmotivar vocês! Toda ideia é válida e todo esforço também. Mesmo a passos de tartaruga estamos chegando a algum lugar. Vamos aproveitar a vista e seguir em frente. Algumas crises de choro no meio com playlists tristes para dar um ar dramático são válidas.
Um abraço,
Gaby.
@retratodaleitora