quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Resenha || O Colecionador de Memórias, de Cecelia Ahern

Novo Conceito, 2018 || 272 páginas || Skoob
Sinopse: Quando Sabrina Boggs tropeça em uma misteriosa coleção de bolinhas de gude que pertencia ao seu pai, percebe que não sabe nada sobre o homem com quem cresceu. É uma coleção valiosa e incomum – incomum se ela pensar no homem que sempre conheceu. No entanto, há algo real lá dentro, muito verdadeiro sobre seu pai, ou sobre a criança que ele fora. Sabrina só tem vinte e quatro horas para descobrir os segredos do homem que ela pensava conhecer. Um dia para exumar memórias, histórias e pessoas que não sabia existirem. Um dia que a mudará para sempre. Fazendo uma busca pelas memórias de seu pai, Sabrina persegue uma busca de identidade; os segredos que ela trará à tona irão mudar tudo o que dava por certo em sua vida. Mas se seu pai não é o homem que ela achou que fosse, quem é a própria Sabrina?  

RESENHA ✍

O Colecionador de Memórias é mais um livro da autora irlandesa Cecelia Ahern a chegar ao Brasil pela editora Novo Conceito, que publicou outros vários títulos seus, como P.S Eu Te Amo, Simplesmente Acontece e, um dos meus favoritos, Como Se Apaixonar. Cecelia é um das autoras contemporâneas mais vendidas nos gêneros drama e chick-lit. Impossível não se apaixonar e emocionar com seus romances!

Em O Colecionador de Memórias seremos apresentados a dois personagens, pai e filha. Fergus Boggs era apenas uma criança quando seu pai morreu e ele e sua família tiveram que se mudar para Londres, onde ele entrou em um colégio católico e sofreu nas mãos de um professor carrasco, e quando foi apresentado às bolinhas de gude, que se tornariam sua grande paixão e as quais colecionou ao longo dos anos.
"É porque, assim como a enluarada, você pode ver seu fogo ardendo por dentro, e isso, em qualquer pessoa ou qualquer coisa, é algo notável, para se guardar e preservar, pegar para observar, quando você sentir necessidade de se revitalizar, ou de se tranquilizar, talvez, quando o seu brilho interior tenha esmorecido e o fogo que há dentro de você parecer mais uma brasa apagando."
Sabrina Boggs é uma salva-vidas que não tem o emprego mais empolgante do mundo, trabalhando em uma casa de idosos e sem muita perspectiva; quando tem um surto de estresse no trabalho e logo depois recebe uma ligação da casa de repouso onde seu pai está internado depois de um derrame que apagou boa parte de suas memórias, Sabrina descobre mais sobre Fergus do que nunca quando se depara com um segredo que ele guardou por anos: sua grande e valiosa coleção de bolinhas de gude. Em 24 horas ela saberá mais sobre sua família do que conseguiu descobrir em todos esses anos e, nessa nova jornada, descobrindo mais sobre si mesma.


Essa foi uma leitura rápida e muito cativante, onde a autora constrói uma trama com personagens e dilemas mais maduros, um drama familiar que nos leva a questionar nossos próprios laços e o fato de que, por mais que sejamos próximos a alguém, nunca saberemos absolutamente tudo sobre o outro. Alguns segredos continuam guardados; outros fazem seu próprio caminho até a superfície, podendo transformar para sempre uma relação.
"Com o lampejo de uma chama. O farfalhar de uma pluma. O cintilar da água do mar, quando o sol bate nela. Algo breve passou, mas estava lá. Logo que ele viu as bolinhas, era um homem diferente, com um rosto que eu nunca tinha visto."
Esse não foi, para mim, um dos melhores da autora. O Colecionador de Memórias é um livro muito bonito e tocante, porém não consegui ver muito do brilho que encontrei, e me apaixonei, em seus outros livros. O livro é curto, com apenas 272 páginas, e senti que o final foi um pouco corrido. É uma leitura sim muito válida, principalmente se você já leu algo da autora.

Recomendo!

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