segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Resenha || Menina Boa, Menina Má, de Ali Land

Record, 2018 || 376 páginas || Skoob
Sinopse: Os corações das crianças pequenas são órgãos delicados. Um começo cruel neste mundo pode moldá-los de maneiras estranhas Nome novo. Família nova. Eu. Nova. Em folha. A mãe de Annie é uma assassina em série. Um dia, Annie a denuncia para a polícia e ela é presa. Mas longe dos olhos não é longe da cabeça. Os segredos de seu passado não a deixam dormir, mesmo Annie fazendo parte agora de uma nova família e atendendo por um novo nome — Milly. Enquanto um grupo de especialistas prepara Milly para enfrentar a mãe no tribunal, ela precisa confrontar seu passado. E recomeçar. Com certeza, a partir de agora vai poder ser quem quiser... Mas a mãe de Milly é uma assassina em série. E quem sai aos seus não degenera...  

RESENHA ✍

Depois de ser testemunha de vários crimes cometidos pela própria mãe, uma assassina em série, e ter gravadas na pele marcas de agressão e tortura, Annie finalmente consegue denunciá-la para a polícia. Agora, depois de anos sofrendo os piores castigos e ter testemunhado a morte de mais de uma criança na própria casa, Annie, que agora atende pelo nome de Milly, está pronta para seguir em frente.

Milly foi adotada temporariamente por uma nova família; um psicólogo, que acompanha seu caso, sua mulher e sua filha, que odeia Milly desde o primeiro segundo, e que vai infernizá-la até que a intrusa, enfim, deixe sua casa.

Mas Milly viu o pior, foi criada no pior e viveu horrores indescritíveis. Ela é a vítima, certo? Ela precisa de cuidados, de amor e de uma família; ela guarda segredos e não vai deixar ninguém se intrometer nos seus planos.
"A sua voz, para mim, era como morfina. Contaminada, incapaz de proporcionar alívio e conforto, só medo e tentação. Ainda bem que já não ouço você nem a vejo em lugares onde sei que não pode estar..."
Ali Land cria uma personagem que desafia os leitores a duvidar de sua inocência. Ela é uma adolescente, uma garota que viveu toda sua vida esperando a próxima vítima, a próxima criança que seria levada para dentro de sua casa, e que jamais sairia de lá. Ela é também a filha da assassina; carrega seu sangue, seus genes. Ela estava lá, viu tudo, escutou tudo. E não falou toda a verdade.

O tempo todo da leitura (menos de um dia) fiquei confabulando, tentando entender essa personagem escorregadia, que a cada capítulo parecia mais próxima da explosão, mas que me surpreendia com sua frieza. Ali Land fez um retrato inteligente e detalhado de uma personagem com um pé na loucura. Foi uma leitura extremamente envolvente, viciante, e fiquei satisfeita com o que encontrei nesse Thriller psicológico, já tão bem comentado lá fora. Ali Land é um nome para se gravar.

Recomendo!

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