sexta-feira, 25 de maio de 2018

Resenha || Aos Dezessete Anos, de Ava Dellaira

Editora Seguinte, 2018 || 448 páginas || Skoob
Sinopse: Em seu novo romance arrebatador, a autora de Cartas de amor aos mortos apresenta uma mãe e uma filha que precisam compreender o passado para poder seguir em frente. Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer. Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.

RESENHA ✍

Angie tem dezessete anos quando descobre uma fotografia entre as coisas de sua mãe; na foto, um casal aparentemente feliz curte um dia de sol. Seus pais. James, de quem herdou tantos traços. O pai que ela nunca conheceu e que morreu antes mesmo de ela nascer. Mas essa foi a história que sua mãe contou e Angie, depois de encontrar uma informação valiosa, acredita que ele pode estar vivo. Decidida a encontrar o pai e saber mais sobre a própria história, Angie e Sam, seu ex-namorado e melhor amigo, vão juntos até LA, a Cidade dos Anjos, lugar que há tantos anos fora o cenário de uma breve porém marcante história de amor.

Em paralelo conhecemos Marilyn quando tinha dezessete anos e, mais uma vez, se mudava com a mãe para uma nova vizinhança. E é nesse novo lugar que ela conhece James, por quem se apaixona. Tentando lidar com a pressão vinda da mãe para que ela se torne uma super modelo, ela encontra em James algo muito próximo da liberdade, e sente que sua vida pode finalmente começar a dar certo. O amor que sentem um pelo outro só aumenta, assim como os planos para o futuro. Até que uma noite muda tudo.
“Algumas feridas nunca vão fechar, nunca vamos aceitar algumas perdas. Mas é preciso deixar que isso tudo seja a força que te motiva, não uma desculpa pra não fazer nada.”

Logo no início senti que Ava Dellaira, com sua bela escrita, quebraria meu coração uma vez mais. E foi isso que ela fez ao apresentar duas personagens tão marcantes quanto Angie e Marilyn, tão diferentes e tão parecidas, narrando a história de ambas aos dezessete anos, uma idade na qual tudo é tão intenso.

E essa história é sensível em todos os seus detalhes, todas suas 448 páginas, mostrando personagens reais, que erram e aprendem. Além de tudo ela ainda aborda assuntos extremamente importantes, como o racismo e a gravidez na adolescência, de forma bem inteligente e consciente. Ava tem o dom de fazer o leitor sentir, se importar e se emocionar com seus personagens, temer por eles e sentir um aperto no coração quando algo dá errado.
“Quantas das sete bilhões de pessoas no mundo têm dezessete anos? Quantas estão grávidas, quantas ainda se sentem crianças? Quantas estão olhando para o mesmo sol? Quantas estão boiando no mar? Quantas estão lamentando um amor perdido, quantas estão se apaixonando pela primeira vez?”
Uma das mensagens mais freqüentes no livro é sobre a importância de conhecermos nossa própria história, nossa identidade e nossos sentimentos, para que assim possamos ter uma ideia do que queremos, para onde vamos.

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