quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Resenha || O Rei das Cinzas, de Raymond E. Feist

HarperCollins Brasil, 2018 || 512 páginas || Skoob
Sinopse: O mundo de Garn já foi composto de cinco grandes reinos, até que o rei da Itrácia foi derrotado e todos os membros de sua família foram executados por Lodavico, o implacável rei de Sandura, um homem com ambições de dominar o mundo. A família real de Itrácia eram os lendários Jubardentes, e representavam um grande perigo para os outros reis. Agora restam quatro grandes reinos, que estão à beira de uma guerra. Mas há rumores de que o filho recém-nascido do último rei de Itrácia sobreviveu, levado durante a batalha e acolhido pelo Quelli Nacosti, uma sociedade secreta cujos membros são treinados para infiltrar e espionar os ricos e poderosos de Garn. Com medo de isso ser verdade, e a criança crescer com um coração cheio de desejo de vingança, os quatro reis oferecem uma enorme recompensa pela cabeça da criança. Na pequena vila de Oncon, Declan é um aprendiz de ferreiro, aprendendo os segredos da produção do fabuloso aço do rei. Oncon está situada na Covenant, uma região neutra entre dois reinos. Desde que a área de Covenant foi declarada, a região existiu em paz, até a violência explodir com traficantes de escravos indo até a vila capturar jovens homens para serem soldados em Sandura. Declan precisa escapar, para levar seu conhecimento precioso para o barão Daylon Dumarch, comandante de Marquensas, talvez o único homem que pode derrotar Lodavico de Sandura, que agora se aliou à fanática Igreja do Deus Único e está marchando pelo continente, impondo sua forma extrema de religião sobre a população e queimando descrentes pelo caminho. 

RESENHA ✍

Garn é um mundo governado por cinco reinos, mas não por muito tempo. Uma traição de quatro deles, liderada por Lodavico, regente de Sandura, dá início a uma sangrenta disputa pelo poder de Itrácia e sob as alianças do reino. A família real de Itrácia, conhecida como Jubardentes pelo tom único de vermelho de seus cabelos, é dizimada na guerra. Ou é isso que pensa o regente louco. Um bebê ruivo sobreviveu ao massacre e foi entregue por mãos misteriosas aos cuidados de Daylon Dumarch, barão de Marquensas e um os traidores do trono, que em um ímpeto resolve entregar a criança aos cuidados dos mestres da Nação Invisível, um lugar muito distante onde ele seria criado e treinado para se tornar guerreiro, e ali ele ficaria até seu décimo sétimo aniversário.

O jovem Hatu, não conhece a verdadeira identidade, mas sente dentro de si um fogo alimentado pela fúria constante, que tenta esconder sob vários treinamentos de controle e com a ajuda dos melhores amigos Donte e Hava.
“Rei das cinzas, mas rei mesmo assim.”
Do outro lado do mar, Declan é um jovem ferreiro que também desconhece suas origens, mas trabalha incansavelmente para construir uma vida digna e sair de Oncon, a vila onde foi criado como um filho pelo mestre-ferreiro Edvalt, que o ensinou tudo sobre o ofício.

O guerreiro e o mestre-ferreiro de armas têm seus caminhos entrelaçados no meio de uma perseguição imbatível onde vingança, política, poder e traição permeiam cada diálogo.

Este é um livro de fantasia épica recheado de boas intrigas políticas no vasto mundo fictício de Garn. É o primeiro da saga dos Jubardentes e um volume mais introdutório, porém não menos instigante. Apesar de suas 500 páginas a trama tem um ótimo ritmo, é envolvente e alimenta nossa curiosidade sobre os capítulos seguintes. Em quem confiar?

Esperava gostar da leitura, mas não imaginei me encontrar tão envolvida com essa narrativa e seus diversos e complexos personagens. Foi uma grata surpresa! Aos poucos o autor também introduz uma dose de magia que tornou o livro ainda mais difícil de largar, e sobre a qual espero mais detalhes nos próximos volumes da saga.

Leitura recomendada, principalmente aos fãs de fantasia épica, mundos novos, batalhas sangrentas e intrigas constantes. Se você gostou de A Guerra dos Tronos ou Mago - Aprendiz dê uma chance também à saga dos Jubardentes :)

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