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Editora Record, 2018 || 64 páginas || Skoob
Sinopse: Publicado pela primeira vez em 1997, como parte do livro Cinco escritos morais, O fascismo eterno chega aos leitores em nova edição no momento de ascensão mundial do flerte com o fascismo. Segundo Umberto Eco, entre as possíveis características do Ur-Fascismo, o fascismo eterno do título, estão o medo do diferente, a oposição à análise crítica, o machismo, a repressão e o controle da sexualidade, a exaltação de um líder, um constante estado de ameaça, entre outros. O fascismo, denuncia o autor, longe de ser apenas um momento histórico vivo na Itália, na Europa (e no Brasil) do século XX, é uma ameaça constante da nossa sociedade.
RESENHA ✍
O fascismo, explica ele, tem algumas características que o definem na teoria, e que podem surgir juntos ou separados, também podendo tomar outras formas, usar outras máscaras e outros discursos. Citando o autor: "O termo 'fascismo' adapta-se a tudo porque é possível eliminar de um regime fascista um ou mais aspectos, e ele continuará sempre a ser reconhecido como fascista".
No nosso cenário atual, e relembrando a história de nosso país, líderes e presidentes, é importantíssimo ter conhecimento (e democratizar o acesso ao conhecimento) sobre o que faz o fascismo, os discursos que o acompanha e as personalidades daqueles que o perpetuam. É importante conseguir identificá-lo, para lutar contra ele.
"Tinham me dito que a guerra permanente era a condição normal de um jovem italiano".
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Esse é um livro bem curto, com diagramação espaçosa e confortável para a leitura, que foi rápida. "O Fascismo Eterno" é bem interessante, mas não muito acessível considerando a escrita do autor, que pode não ser clara para todos. Sendo um livro de 64 páginas e resultado de um discurso, é de se esperar que o conteúdo seja reduzido, não tão detalhado.
"Estamos aqui para recordar o que aconteceu e para declarar solenemente que 'eles' não podem repetir o que fizeram. Mas quem são 'eles'?"
No mais, recomendo a leitura ;)
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