sábado, 15 de julho de 2017

O Sniper Paciente, de Arturo Pérez-Reverte

Autor: Arturo Pérez-Reverte
Titulo Original: El Francoatirador Paciente
Editora: Record
Ano: 2017
Paginas: 224
*Exemplar recebido em parceria com a editora
Sinopse: Lex, doutora em história da arte e especialista em arte urbana, recebe uma ligação de um editor com uma oferta de trabalho tentadora: localizar o grafiteiro Sniper e lhe apresentar uma proposta irrecusável, que envolve fama e fortuna incalculáveis. Porém, existe um problema. A identidade do maior grafiteiro que o mundo já viu, com trabalhos espalhados por toda a Europa e até mesmo pela América, capaz de mobilizar multidões de artistas urbanos ao propor desafios que envolvem intervenções artísticas urbanas em lugares arriscados, é completamente desconhecida, e ninguém sabe seu paradeiro. Por isso Lex precisa percorrer diversas cidades europeias na tentativa de encontrar um dos homens mais famosos e menos acessíveis do mundo.

Neste livro vamos acompanhar a busca incansável de Alexandra Varella, ou simplesmente Lex, uma doutora em historia da arte e especialista em arte urbana, por Sniper, um grafiteiro tão misterioso quanto famoso. Contratada por um importante editor de livros de arte, ela precisa descobrir a real identidade desse homem e apresentar a ele uma proposta irrecusável que lhe dará ainda mais fama e fortuna.

Lex vai atrás de pistas do paradeiro de Sniper, mas não é nada fácil, pois ele nunca deixa rastros nos lugares por onde passa; ela então se lança numa complexa rede de leis e códigos da arte urbana, não só em em Madri onde mora, mas também em Lisboa, Verona e Nápoles, por muitas vezes correndo perigo de vida. Durante sua jornada, Lex encontra várias pessoas peculiares que a ajudarão a montar o quebra-cabeça do paradeiro e identidade do grafiteiro misterioso. 

O Sniper Paciente, do autor espanhol Arturo Pérez-Reverte, é um livro extremamente surpreendente e instigante sobre o que verdadeiramente é arte, crítica a sociedade capitalista e vingança.
- [...] No fundo, ninguém quer saber quem ele é. Seria decepcionante dar uma cara é um nome para ele. Assim, cada um pode imaginar o Sniper como bem entender. Colaborando com o segredo, todo mundo se sente parte dele. Sniper é uma lenda porque os grafiteiros precisam de lendas desse tipo. E mais ainda nesses tempos de merda.
Sobre Minha Experiência de Leitura: Como adiantei acima, esse livro é surpreendente, eu não tinha ideia do que iria acontecer a cada página virada, e as reviravoltas que me foram apresentadas foram completamente inesperadas para mim. 

A narrativa é ágil, e o suspense é mantido até o final, sem se tornar maçante em momento algum, fiquei totalmente presa no enredo e não consegui me afastar da leitura por muito tempo, sempre curiosa para saber o que mais iria acontecer, principalmente com a protagonista que foi de longe a melhor personagem do livro. E por falar na Lex, ela é uma personagem misteriosa, o leitor sabe pouquíssimo sobre sua vida pessoal, e isso foi o que mais me instigou, queria que essa parte da história tivesse sido mais desenvolvida, mas acabou sendo bastante satisfatória e um pouco surpreendente também. 
"- Todo mundo que escreve numa parede tem algo a dizer. Saber que você é você, e que os outros também saibam. Você não escreve para o público, mas para outros grafiteiros. Todos nós temos direito a meio minuto de fama."
Ela é forte, não tem papas na língua e não desiste nunca de seu objetivo; objetivo esse que é mais do que simplesmente encontrar o Sniper por questões financeiras, e essa parte foi a que mais me surpreendeu, pois não estava esperando e muito menos preparada para a bomba que caiu no meu colo ao final da leitura. Os outros personagens são igualmente bem desenvolvidos e verossímeis; mas infelizmente o Sniper não me agradou, não sei porque mas ele não me causou empatia em momento algum.


O livro é cheio de informações sobre o contexto do grafite atual em todos os países onde a história se ambienta; a geografia, a música e a literatura desses lugares também foram bem trabalhadas durante a narrativa e isso me animou muito, pois é sempre bom conhecer sobre culturas e costumes diferentes nas leituras que fazemos, não é mesmo?

A escrita do autor é crua e direta, o vocabulário usado é simples, informal, com palavrões e termos em inglês, o que ajudou para que a leitura se tornasse mais fácil e interessante. 

Enfim! Recomendo muito essa leitura para aqueles que curtem suspenses instigantes, surpreendentes e de leitura fácil. Agora estou bem animada para ler outras obras do autor em breve.

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