sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Resenha || A Boa Filha, de Karin Slaughter

HarperCollins Brasil, 2018|| 464 páginas || Skoob
Sinopse: Quando eram adolescentes, a vida tranquila de Charlotte e Samantha Quinn foi destruída por um terrível ataque em sua casa. Sua mãe foi assassinada. Seu pai um famoso advogado de defesa de Pikeville, Geórgia ficou arrasado. E a família foi dividida por anos, para além de qualquer conserto, consumida pelos segredos daquela noite terrível. Vinte e oito anos depois, Charlie seguiu os passos de Rusty, seu pai, e se tornou advogada mas está determinada a ser diferente dele. Quando outro caso de violência assombra Pikeville, Charlie acaba embarcando em um pesadelo que a obriga a olhar para trás e reviver o passado. Além de ser a primeira testemunha a chegar na cena, o caso também revela as memórias que ela passou tanto tempo tentando esconder. Agora, a verdade chocante sobre o crime que destruiu sua família há quase trinta anos não poderá mais permanecer enterrada e Charlotte precisa se reencontrar com Samantha, não apenas para lidar com o crime, mas também com o trauma vivido. A Boa Filha é mais uma obra-prima de Karin Slaughter, um enredo sólido, com caracterizações fortes e reviravoltas extraordinárias, um misto de drama e terror que faz arrepiar até os leitores mais corajosos.  

RESENHA ✍

Pikeville, Georgia, 1989. Uma noite mudaria tudo na vida da família Quinn. Depois de terem que se mudar as pressas para uma casa de fazenda no meio do nada, a família tenta se ajustar ao novo lugar. Sua casa antiga foi transformada em cinzas por um dos inimigos de Rusty, advogado de defesa odiado na cidade. A cota de tragédias na vida, porém, estava prestes a aumentar.

A casa é invadida por dois homens mascarados que tornam a vida de Charlotte e Samantha em um verdadeiro inferno. Elas veem a mãe ser brutalmente assassinada, seu corpo estraçalhado e irreconhecível. Depois, elas tentam fugir, mas Sam, a mais velha das irmãs, é atingida por um tiro na cabeça e enterrada viva. Charlotte consegue correr, mas também é alcançada.

28 anos se passaram depois do pesadelo que vivenciaram, e elas se reencontram depois de perder contato. Samantha é uma advogada bem-sucedida que trabalha para uma grande empresa em outra parte do país. Charlotte também é advogada, e segue o mesmo caminho do pai, sem nunca deixar a cidade. Uma nova tragédia em Pikeville é o motivo da volta de Samantha, e uma sucessão de acontecimentos dignos de um filme de terror é o que pode, ou não, reaproximar as irmãs... ou destruí-las de vez.
"Eu te amo, sei que você me ama, mas todas as vezes que nos vemos lembramos do que aconteceu e nenhuma de nós conseguirá seguir em frente se estivermos sempre olhando para trás."

A Boa Filha é o segundo livro da autora que leio, e posso dizer isso: Slaughter sabe bem construir situações sangrentas. O livro já começa com um clima de suspense arrepiante, e a narrativa é bem explicita nos detalhes mais terríveis. Tem que ter estômago. Do meio pro fim a autora acaba focando mais no relacionamento dessas irmãs, entre elas e com o pai. É uma relação de amor e ódio, digna de muita terapia. Essa segunda metade acabou perdendo o ritmo de thriller, as cenas de ação foram se tornando bem escassas, apesar de ter sido sim bem interessante acompanhar o relacionamento das irmãs.
“Os olhos dela travaram nos dele. O silêncio que seguia a ameaça foi ensurdecedor. Sam não podia desviar o olhar. O medo passava como navalha pelo coração dela. Nunca na sua vida conhecera alguém tão cruel, tão profundamente desalmado.”
Não é meu favorito da autora, mas recomendo a leitura para quem gosta do estilo. Mas aviso: tem que ter estômago. As cenas do começo do livro são bem gráficas e existem aqui gatilhos para assassinato, abortos e estupro. 

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