sexta-feira, 8 de setembro de 2017

O Verso Sou Eu, de Ronaldo Junior

Autor: Ronaldo Junior 
Subtitulo: Antologia de Sentimentos 
Editora: Multifoco - FuturArte Poesia 
Ano: 2016 
Páginas: 202 
Sinopse: Reunindo 60 textos do jovem carioca Ronaldo Junior, O verso sou eu surgiu com o intuito de externar cada texto que de seu autor, é um fragmento da alma. Retratando suas visões poéticas e estilísticas com o passar dos anos, a antologia de sentimentos é um conjunto de poemas que marcam aquele que os lê, sendo o leitor convidado a não apenas ler as palavras, mas suas entrelinhas repletas de emoções deixando surpreender-se a cada reflexão, libertando a alma com a naturalidade do voar de um pássaro, num leve enlevo sentimental. Assim, a arte se revela em nuances de vocábulos que ostentam, em sua essência, um olhar para a vida tomado de fascinação. 

Ronaldo Junior, é carioca de Campo dos Goytacazes, tem 21 anos e é estudante de direito; "O Verso Sou Eu" é sua primeira obra literária. O livro possui 60 textos que retratam de forma poética suas visões sobre assuntos do cotidiano do ser humano, como o amor e as angustias vividas ao longo de nossas vidas. São textos singelos e ao mesmo tempo profundos sobre coisas nas quais normalmente não prestamos atenção no nosso dia a dia, nos trazendo reflexões bastante pertinentes.


Publicado em 2016 pela Editora Multifoco sob o selo FuturArte Poesia o livro foi uma surpresa bastante agradável para mim; não sei o porquê, mas ao iniciar a leitura eu não dava muito por ela, mas fui surpreendida ao me ver extremamente tocada por cada palavra, cada verso escrito pelo autor.


Outra coisa que me instigou na leitura, foi a diagramação, alguns poemas são bem curtos, tomando não mais que metade da página, já outros são bastante extensos, com quatro/cinco páginas; e tem também poemas formatados em figuras, como um pássaro e um balão, por exemplo; mas, ao contrário do que se possa imaginar, isso não atrapalha em nada a leitura, só instiga mais o leitor a continuar mergulhando e refletindo em cada mensagem que nos é transmitida ao longo das páginas em seus diferentes formatos.

Soneto da Beleza Existencial 


O poeta segurava sua caneta,
E não escrevia absolutamente nada.
Sua vida fora presa numa sarjeta,
Pois, sob a morte, a poesia era aguada.

Guardara exame e alma numa gaveta e
Tratar do câncer era dura escalada,
Pois a morte era a tinta de sua caneta,
E a poesia, melancólica e acinzentada.

Diante da folha pálica, analfabeta,
Olhou pela janela, viu uma flor colorida,
Indagando-se sobre o que a fazia viver ereta,

Mas, vendo nela pousar uma bela borboleta,
Entendeu que a motivação da flor da vida
Era a beleza que o levava a viver poeta.


Rimando sem Xeque


Escrever é jogar xadrez.
É necessário intrepidez,
Placidez com
Rigidez,
Talvez embriaguez,
E um pouco de sensatez.
Junta-se tudo de uma vez
E conseguem-se movimentos com o português.

Eu adorei fazer essa leitura e a indico fortemente, pois acredito que muita gente vai se identificar com as palavras aqui escritas.

2 comentários :

  1. Oi Maria Eduarda! Tudo bem?
    Eu não gosto muito de livros do gênero, não me conquistam totalmente, sabe?! Mas que bom que foi uma grata surpresa pra ti. Gostei que os poemas em formatos de figuras, bem legal.
    Beijos

    www.lendoeapreciando.com

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    Respostas
    1. Oi Kamilla! que pena que não tem interesse na leitura! Beijos

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