Título original: Bartleby, The Scrivener
Editora: José Olympio
Ano: 2017
Páginas: 96
Skoob
*Exemplar recebido em parceria com a editora
Sinopse: Uma irônica e literária análise da natureza humana, do mesmo autor de Moby Dick O personagem título é um jovem amanuense judicial que, cansado do trabalho burocrático, decide adotar o “não” como lema e o “nada” como estilo de vida. Publicada originalmente, de forma anônima, numa revista em 1853, Bartleby, o escrivão é uma daquelas obras que deixa os leitores confusos quando chegam ao final: não há uma resposta e sim questionamentos sobre quem seria esse personagem tão peculiar.
Neste livro acompanhamos a narrativa em primeira pessoa de um advogado cujo nome não nos é revelado. Como ele mesmo gosta de ressaltar, é um homem sem ambição, prudente e metódico. Em seu escritório de advocacia em Wall Street, Nova York, há dois amanuenses a seu serviço e um aprendiz de 12 anos. Todos com personalidades distintas, até excêntricas, e o narrador faz questão de nos apresentar cada um deles, e como lida com os mesmos no dia a dia.
Um aumento no trabalho faz com que coloque um anúncio no jornal a procura de um novo escrivão para ajudá-lo. Chega então ao seu escritório um jovem imóvel, de aparência frágil e olhar desamparado. E aí que entra nessa história o personagem que dá título ao livro, Bartleby. O narrador resolve contratá-lo, ao mesmo tempo encantado e intrigado com o rapaz.
No começo, é tudo uma maravilha. O novo funcionário escreve em uma velocidade impressionante, é sereno e calmo, tudo o que o advogado precisava ali. Mas então as coisas desandam inesperadamente quando nosso narrador resolve dar algumas ordens a Bartleby e o mesmo responde firme e calmamente da seguinte forma: Preferia não fazê-lo.
Um aumento no trabalho faz com que coloque um anúncio no jornal a procura de um novo escrivão para ajudá-lo. Chega então ao seu escritório um jovem imóvel, de aparência frágil e olhar desamparado. E aí que entra nessa história o personagem que dá título ao livro, Bartleby. O narrador resolve contratá-lo, ao mesmo tempo encantado e intrigado com o rapaz.
No começo, é tudo uma maravilha. O novo funcionário escreve em uma velocidade impressionante, é sereno e calmo, tudo o que o advogado precisava ali. Mas então as coisas desandam inesperadamente quando nosso narrador resolve dar algumas ordens a Bartleby e o mesmo responde firme e calmamente da seguinte forma: Preferia não fazê-lo.
O primeiro sentimento a se abater sobre o narrador é o estranhamento. Como um empregado se recusa a cumprir com as próprias obrigações? E de forma tão incisiva! Como o episódio se repete muitas vezes e Bartleby deixa de fazer até o básico ali, o incomodado advogado tem que encontrar uma forma de tirá-lo dali, mas até a se retirar Bartleby se recusa, e a situação vai ficando mais e mais complicada.
"Com qualquer outro homem, eu me teria lançado prontamente a um acesso de raiva, desdenhando explicações e o expulsando ignominiosamente da minha presença. Mas havia algo em Bartleby que não apenas me desarmava estranhamente, mas também, de uma maneira maravilhosa, me comovia e desconcertava."Herman Melville ( autor de Moby Dick) traz neste conto um personagem tão excêntrico que se torna inesquecível. Bartleby é uma figura que consegue cativar tanto o narrador quanto o leitor com sua personalidade, sua inutilidade e o vazio que é sua vida. Ele prefere não fazer, e não faz. Preferir não fazer = nada. É com o vazio que o leitor bate de frente, e Melville fala disso como ninguém, fazendo o leitor se perder nas muitas questões que surgem, nas dúvidas, nas muitas interpretações...
Essa foi uma leitura que me envolveu maravilhosamente, me divertiu e me causou estranhamento; me fez rir e me fez refletir. Quem é Bartleby? Por quê prefere o nada a qualquer coisa? Como pode se negar a mais básica das coisas? Como se tornou um homem tão vazio? O autor tenta responder algumas questões, mas fica muita coisa a cargo da imaginação do leitor, o que é realmente muito bom.
Esse foi meu primeiro contato com o Melville e já quero conferir outras de suas obras, encantada que fiquei com sua escrita e sua visão sobre a natureza humana.
O livro já foi publicado por diversas editoras, em diferentes edições, e chega mais uma vez às prateleiras pela editora José Olympio, e essa possui a apresentação do escritor Jorge Luis Borges e tradução de A. B. Pinheiro de Lemos. Uma edição simples, bonita e sem erros de revisão.
O livro entrou para minha lista de favoritos antes mesmo de ter finalizado a leitura, e isso quer dizer muita coisa. Leiam, leiam, leiam!
eu tô esperando chegar meu exemplar, já conheço a escrita do autor por causa de Moby Dick, um dos meus livros preferidos *-* a premissa de Bartleby me agradou demais, espero gostar da história...
ResponderExcluirbjs, Gaby <3
Não fiquei muito empolgada com o enredo, mas confesso que fiquei curiosa em saber como o personagem chegou ao ponto de ser tão oco.
ResponderExcluirBjs
Olá!
ResponderExcluirAmei já pela sinopse e tenho aqui a séculos Mobi Dick e nunca li!
E sua opinião sobre o livro me aguçou a curiosidade que vou logo começar a ler o exemplar que tenho aqui do autor!
Bjs
Olá!
ResponderExcluirEu não conhecia essa obra e fiquei encantada com sua resenha.
Nunca li Mobi Dick, e não tenho muito costume de ler fantasia apesar de estar tentando mudar isso.
Gostei de saber que se tornou um dos favoritos da sua lista, já é mais um ponto positivo pra eu acrescentar a minha lista de leituras!
Beijos!
Camila de Moraes.
Não conhecia o livro, mas parece ótimo! Fiquei realmente curiosa e já salvei a dica!
ResponderExcluirbjs
www.livrosdabeta.blogspot.com.br
Olá,
ResponderExcluirNo começo achei a premissa do livro nada atraente, porém lendo suas considerações fiquei intrigada do porque a vida do Bartleby ser tão vazia, isso me causou curiosidade e mesmo sem nunca ter lido nada do autora e não sendo acostumada a ler livros do tipo, pretendo ler essa obra, valeu pela dica.
*autor
ExcluirOie amore,
ResponderExcluirIntrigante um advogado narrar suas histórias – não generalizo mas alguns que conheci são bem estúpidos.
Mas parece se tratar de um livro bem interessante. Só não curti essa capa.
Mas vou anotar a dica por aqui!
Beijokas!
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia e fiquei super curiosa! A capa não chama muito a atenção, mas a sinopse é instigante! Seus comentários me deixaram super curiosa para saber como se desenrola essa estória! Dica anotada! Adorei a resenha!
Olá, tudo bem? Apesar da história ter saído por vários editoras, não conhecia a obra. A história é estranhamente bizarra e parece ser divertida. Lidar com o vazio de alguém também deve trazer aquela bad normal dos livros. Gostei e por isso dica anotada <3
ResponderExcluirBeijos,
diariasleituras.blogspot.com.br
Não curto isso de deixar as coisas a cargo da imaginação do leitor... Gosto de tudo bem resolvido, bem explicado, e esse é o principal motivo que me faz normalmente não ler contos. Queria saber o segredo dele pra falar esse "Preferia não fazê-lo" pro chefe, usaria de vez em quando. 😂
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirNão conhecia esta obra, do autor, só conheço mesmo Moby Dick, que eu tenho muita vontade de ler. Adorei a premissa do livro e vou colocar junto com o outro livro do autor para comprar e ler assim que tiver oportunidade.
Oi!
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas fiquei bem curiosa para ler.